sábado, 31 de maio de 2014

Para que servem os espelhos? (Luz)

A reflexão da luz

A propagação retílinea da luz pode ser perturbada por obstáculos que obrigam os raios luminosos a desviarem-se, tal como acontece com as ondas sonoras.
   No nosso dia-a-dia estamos habituados a ver reflexos. Quando observamos o reflexo de uma imagem na água, ou quando vemos a nossa imagem num espelho, tais imagens resultam do facto de a luz ter a capacidade de se refletir em determinadas superfícies.
A Reflexão da luz ocorre quando a luz que incide numa superfície e é reenviada por essa superfície. Por exemplo, a luz da lanterna apresentada na imagem ao lado (figura 1) incide numa superfície que a reenvia - reflete.
   A reflexão da luz pode  ser:
  • Reflexão regular - Quando a luz é refletida numa superfície lisa e polida, ela reflete-se numa só direção. Por exemplo, quando vemos a nossa imagem num espelho.
  • Reflexão irregular (Difusão da luz) - Quando a luz é refletida em direções diferentes, devido ao facto da superfície de reflexão ser rugosa. Quando por exemplo observamos uma imagem refletida na água, em que a superfície da água não está completamente lisa (figura 3).
A reflexão da luz, numa superfície lisa e polida
Figura 1 
A reflexão da luz numa superfície lisa e polida
A reflexão da luz pode ser regular ou irregular (neste caso chama-se difusão da luz)
Reflexão regular da ulz, numa superfície lisa e polida
Reflexão irregular da luz (ou difusão da luz) numa superfície rugosa
Figura 2
Reflexão regular da luz
(acontece em superfícies lisas e polidas)
Figura 3
Difusão da luz
(Acontece em superfícies rugosas)
 
Leis da reflexão

   Sempre que um raio de luz incide numa superfície refletora, é possível prever em que direção será refletido, se conhecermos as Leis da Reflexão.
   Antes de vermos quais são essas leis, vamos observar a figura 4. Considera um raio de luz que incide num espelho plano. O raio de luz chama-se raio incidente, e está representado na figura a verde.
Para prever a direção do raio refletido, devemos:
  • Traçar uma linha normal (perpendicular) ao espelho no ponto de incidência da luz (linha negra a tracejado, que podes observar ao lado).
  • Medir com um transferidor o ângulo entre o raio incidente e essa linha normal (neste caso, obteve-se um ângulo de 45º).
  •  O raio reflectido (representado a vermelho) estará do outro lado da linha normal e, em relação à normal, terá o mesmo ângulo que o raio incidente (Terá também 45º).
  • Assim, podes traçar o raio refletido.
AS LEIS DA REFLEXÃO
1.ª Lei - O raio incidente, o raio refletido e a normal ao espelho no ponto de incidência estão no mesmo plano;
2.ª Lei - O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão.
As leis da reflexão da luz
Figura 4
Usando as leis da reflexão podes saber para onde vai o raio refletido
   As leis da reflexão podem assim ser usadas para prever o trajeto de qualquer raio de luz, desde que se saiba como é que ele incide na superfície refletora.
Os Espelhos

Um espelho não é mais do que uma superfície que reflete um raio luminoso numa dada direção, em vez de o absorver ou de o espalhar em todas as direções, como acontece com outras superfícies. Assim, os espelhos são superfícies polidas que refletem a luz de forma regular.
   Os espelhos podem ser planos, mas também podem apresentar uma curvatura, e neste caso chamam-se espelhos curvos.
   Podemos ainda dividir os espelhos curvos em:
  •  espelhos côncavos,
  • espelhos convexos
  • ou ainda espelhos parabólicos.
   Nos espelhos côncavos, a superfície que reflete a luz é a superficie interior (como a parte de dentro de uma colher de sopa) enquanto que nos espelhos convexos, a superfície refletora é a exterior (como a parte exterior da colher).

Os espelhos refletem a luz que incide neles, formando imagens.
 Figura 1 
Os espelhos refletem a luz
TIPOS DE ESPELHOS 
Espelho plano
Os espelhos usados pelos dentistas são espelhos côncavos
Os espelhos de segurança dos supermercados ou os que estão nas esquinas das ruas são espelhos convexos
Figura 2
Espelho plano
Figura 3
Espelho curvo côncavo
Figura 4
Espelho curvo convexo
Superfície de um espelho plano
Superfície de um espelho côncavo 
Superfície de um espelho convexo
Caracteristicas dos espelhos planos


As características das imagens são diferentes conforme o tipo de espelho a que nos referimos.
    Nos espelhos planos, as imagens têm as seguintes caracteristicas:
  • As imagens são direitas (isto é não estão invertidas, ou "de pernas para o ar") e do mesmo tamanho do objeto (não sendo maiores nem menores).
  • São imagens virtuais, pois parecem formar-se atrás do espelho.
  • Estão à mesma distância do espelho que o objeto.
  • São simétricas do objeto, em relação ao espelho.
   Um espelho plano fornece apenas uma imagem de cada objeto, mas dois espelhos planos dispostos de forma a formarem entre eles um ângulo inferior a 180º mostram várias imagens do mesmo objeto.    Ao colocar um espelho em frente a outro, a luz é sucessivamente refletida de um espelho para outro, dando origem a uma sequência de imagens que parece infinita. Com certeza que já te observaste, quando colocado entre dois espelhos. Quando vais a um cabeleireiro ou a um vestiário de uma loja de roupa com certeza que já deparaste com essa situação.
Imagem refletida num espelho plano
Figura 5
Imagem num espelho plano
Caracteristicas dos espelhos concavos
   Nos espelhos côncavos, as imagens podem apresentar características diferentes, consoante a distância a que se encontram do espelho. Assim podem apresentar-se três situações diferentes:
  • O objeto encontra-se muito afastado (a uma distância superior ao raio): A imagem é real, invertida e menor que o objeto (Figura 6).
  • O objeto encontra-se situado entre o centro e o foco do espelho: A imagem é real, invertida e maior que o objeto (Figura 7).
  • O objeto encontra-se muito próximo do espelho(entre o vértice e o foco): A imagem é virtual, direita e maior que o objeto (Figura 8).
 
Figura 6
Objeto muito afastado
Figura 7
Objeto entre o foco e o centro
Figura 8
Objeto muito próximo
Imagem de um objeto muito afastado de um espelho côncavo
Imagem de um objeto produzida por um espelho côncavo, quando o objeto se situa entre o centro e o foco do espelho
Imagem de um objeto muito próximo de um espelho côncavo
 
Caracteristicas dos espelhos convexos

   Nos espelhos planos, as imagens têm as seguintes caracteristicas:
  • As imagens são direitas (isto é não estão invertidas, ou "de pernas para o ar") e menores do que o tamanho do objeto.
  • São imagens virtuais, pois parecem formar-se atrás do espelho.
  • São simétricas do objeto, em relação ao espelho.



Imagem de um objeto, formada com um espelho convexo
Figura 9
Imagem de um objeto num espelho convexo
Refração da Luz
 Para entenderes melhor este fenómeno, observa com atenção cada uma das imagens seguinte

Colher dentro de água. Observa-se o efeito da refração da luz
Lápis dentro de um copo com água. Observa-se o efeito da refração da luz
Régua sob um vidro grosso. Observa-se o efeito da refração da luz.
Fig. 1 - Colher 
Fig. 2 - Lápis 
Fig. 3 - Régua 


A colher, o lápis e a régua parecem partidos, quando de facto não estão.
Por que motivo os vemos assim?
A Luz propaga-se a diferentes velocidades em diferentes meios materiais. À passagem da luz de um meio material para outro no qual se propaga a velocidade diferente dá-se o nome de refração. Quando ocorre refração a luz pode sofrer um desvio na sua direção e é por isso que temos a ilusão de que a colher, o lápis e a régua estão partidos.


A refração é um fenómeno que ocorre quando a luz passa de um meio material homogéneo e transparente para outro meio também homogéneo e transparente, porém diferente do primeiro. Nessa mudança de meio, podem ocorrer mudanças na velocidade de propagação e de direção da propagação.
        Estas mudanças de velocidade ocorrem, porque a luz apresenta uma velocidade diferente em cada um dos meios materiais. Assim, a luz é muito mais rápida quando atravessa o ar, do que quando atravessa o vidro ou a água.
        Assim sendo, quando a luz passa de um meio para o outro, podem acontecer duas situações diferentes, consoante a velocidade de propagação da luz aumenta ou diminui.

Passagem da luz de um meio mais rápido para um mais lento
No ar, a luz propaga-se a uma velocidade muito maior do que na água ou no vidro. Quando passa do ar para a água sofre um abrandamento na sua velocidade de propagação e pode sofrer uma mudança de direção, consoante o ângulo de incidência na superfície de separação entre os dois meios:
Passagem de um raio de luz, de um meio onde a velocidade da luz é maior para outro onde essa velocidade é menor.
Neste caso o raio de luz desviou-se da direção original e aproximou-se da linha normal à superfície de separação entre os dois meios no ponto de incidência da luz.

Passagem da luz de um meio mais lento para um mais rápido
Quando um raio de luz passa da água para o ar sofre um aumento na sua velocidade de propagação e pode sofrer uma mudança de direção, consoante o ângulo de incidência na superfície de separação entre os dois meios:
Refração de um raio de luz, quando passa de um meio onde a sua velocidade é menor, para outro onde a mesma é maior.

Neste caso o raio de luz desviou-se da direção original e afastou-se da linha normal à superfície de separação entre os dois meios no ponto de incidência da luz.
E quando a luz incide perpendicularmente à superfície de separação entre os dois meios?
Quando a luz incide perpendicularmente à superfície de separação entre dois meios, ocorre refração mas não ocorre mudança de direção da luz:
Quando a luz incide perpendicularmente na superfície de separação entre dois meios, ela não é desviada da sua direção inicial.

Propagação da Luz.

Sabemos que quando uma fonte de luz, extensa ou pontual, emite um feixe de luz (ou luminoso), a luz passa a se propagar a uma velocidade de 300.000 km/s, no vácuo. Não somente no vácuo, mas a luz também tem a capacidade de se propagar em outros meios. Diferentes meios materiais, como, por exemplo, ar, vidro, água, tijolo, comportam-se de forma distinta ao serem atravessados pelos raios de luz, ou até mesmo impedem a propagação dos raios de luz através de seu interior. Por esse motivo, esses meios são classificados em:
  Meio transparente
Um meio é dito transparente quando ele permite a propagação regular da luz. Ou seja, um objeto colocado atrás dele pode ser percebido com detalhes, com nitidez. Por exemplo, papel celofane, vidro, ar, etc.
O observador O consegue, com nitidez, enxergar a vela
  Meio translúcido
Um meio é dito translúcido quando a propagação da luz ocorre de forma irregular, ou seja, eles são meios intermediários. Por exemplo, papel vegetal, vidro fosco, etc. Nesse tipo de meio óptico o observador não consegue enxergar com nitidez o objeto através do meio.
O observador O não consegue enxergar a vela com nitidez
  Meio opaco
É o meio óptico que não permite a propagação da luz. Por exemplo, madeira, placa metálica, tijolo, etc. Nesse tipo de meio o observador não consegue enxergar o objeto através do meio.




O observador O não consegue ver a vela através do meio  





Triângulo de Visão
O Triângulo de Visão descreve o trajecto da luz desde a fonte de luz até ao detector de luz, e pode ser representado da seguinte forma:

A Luz.

A luz tal como o som é um fenómeno de natureza ondulatória. A luz é uma radiação eletromagnética, que se propaga através de diferentes meios materiais, como o ar ou a água e também se propaga através do vazio. Existem alguns tipos de sólidos (chamados de opacos) que não se deixam atravessar pela luz.
   Ao longo dos anos, muitos cientistas procuraram respostas para esta questão. Nem sempre concordaram, nem sempre chegaram às mesmas conclusões. Surgiram duas teorias, suportadas por diferentes experiências e diferentes cientistas que são atualmente válidas, uma vez que a luz tanto se pode comportar como uma onda em determinadas ocasiões como também se pode comportar como uma partícula noutras.
   Essas duas teorias são:
  • Teoria corpuscular da luz - Considera que a luz é constituída por pequenas partículas - chamadas fotões - de características muito especiais.
  • Teoria ondulatória da luz - Considera que a luz é uma manifestação de energia, constituída por ondas semelhantes às do som, mas com comprimentos de onda muitíssimo menores do que as características das ondas sonoras
   De uma forma simples podemos afirmar que a luz é um fenómeno natural e essencial ao nosso dia a dia. Existem um conjunto de propriedades da luz que permitem que possamos usufruir de belíssimas imagens, nas mais variadas situações, como as que podes observar em baixo:
    
   
 
Figura 1 - Efeito de luz através de uma janela
Fenómenos relacionados com a luz
Reflexos e sombras 
O brilho e a cor do fogo de artifício 
A beleza de um arco-íris 
A cor - um turbilhão de cores 
Reflexos e sombras
Brilho
Arco-íris
Cor


  
     Todos os corpos que possuem luz própria são corpos luminosos, enquanto que os corpos que apenas refletem a luz são corpos iluminados.
   Sem a luz emitida pelo Sol (que é a nossa principal fonte de luz) ou por outro corpo luminoso, os nossos olhos não conseguiriam ver os objetos que não têm luz própria (os corpos iluminados).
   A maior parte dos corpos que nos rodeiam são corpos iluminados.
   A Lua ou até o nosso planeta Terra, uma árvore, uma laranja ou um livro, são corpos iluminados.
   O Sol, as estrelas, uma lâmpada iluminada ou uma vela acesa são corpos luminosos.
Corpos luminosos e iluminados
O Sol é um corpo luminoso
A lua é um corpo iluminado
As velas acesas são corpos luminosos
Os livros são corpos iluminados
Sol
Corpo luminoso
Lua
Corpo iluminado
Velas acesas
Corpos luminosos
Livros
Corpos iluminados